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Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Estado amplia pontos de monitoramento da qualidade da água no Rio Paraopeba

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Fotos: Sisema/Divulgação

Brumadinho Foto 04 - Divulgação Sisema

O Governo de Minas ampliou o monitoramento da qualidade da água ao longo do Rio Paraopeba, desta vez em áreas mais próximas ao Rio São Francisco. Além dos 11 pontos já em operação, mais quatro estações de amostragem foram instaladas: a mais recente, nesta quinta-feira (7/3) e outras três no sábado de Carnaval, 2 de março.

 

A ampliação vai aprimorar o acompanhamento dos parâmetros de qualidade feito pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), em pontos mais a jusante do local do rompimento da Barragem 1, da Vale, em Brumadinho. A tragédia ocorreu no dia 25 de janeiro e, desde então, envolveu servidores dos quatro órgãos que compõem o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) em ações de avaliação e mitigação dos impactos ambientais.

 

Três das novas estações de amostragem foram instaladas dentro do reservatório da Usina Hidrelétrica (UTE) de Três Marias, assim localizadas: em Felixlândia, Abaeté e Três Marias. A princípio, a frequência de amostragem foi definida como semanal, na localizada no remanso do reservatório, próximo a Felixlândia, e mensal nas duas últimas estações de amostragem. O quarto ponto está situado antes da UHE Retiro Baixo, no remanso da Usina.

 

A coleta e a análise da qualidade da água e de sedimentos no Rio Paraopeba estão sendo feitas pelo Igam desde o dia seguinte ao desastre na Mina Córrego de Feijão. Na ocasião, o Instituto elaborou um plano emergencial, considerando os parâmetros de qualidade e a frequência de coleta das amostras. O trabalho tem o objetivo de avaliar o grau de interferência dos rejeitos nos recursos hídricos afetados.

 

A ação do Igam tem a parceria da Companhia de Saneamento do Estado de Minas Gerais (Copasa), Agência Nacional de Águas (ANA) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Somados com os quatro novos pontos, já chegam a 24 os locais de monitoramento ao longo do Paraopeba, que continua com a utilização de água bruta proibida no trecho à montante até a cidade de Pompéu, na região Central de Minas.

 

RIO SÃO FRANCISCO

O objetivo da rede é integrar os dados gerados por estas instituições para garantir maior abrangência na avaliação e transparência dos impactos gerados pelo rompimento da barragem no Ribeirão Ferro-Carvão, no Rio Paraopeba e, eventualmente, no Rio São Francisco, caso a pluma alcance este último curso d’água.

 

“Existe a possibilidade de que parte do material que estava depositado na Barragem 1 possa alcançar o reservatório de Três Marias, sobretudo as partículas mais finas do rejeito. Entretanto não é possível afirmar se irá chegar e quando isso vai ocorrer. Tudo vai depender da dinâmica de transporte de sedimentos do rio, que varia de acordo com a quantidade e intensidade de chuva, tempo de detenção do reservatório de Retiro Baixo e da granulometria do rejeito”, afirma o diretor de Operações e Eventos Críticos do Igam, Heitor Soares Moreira.

 

Além disso, registra-se que até o momento, no que se refere aos resultados de turbidez, o trecho a jusante da Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo ainda não sofreu alterações da qualidade da água que refletissem a chegada da lama.

 

Entre os parâmetros de qualidade da água avaliados pelo Igam diariamente estão a condutividade elétrica, oxigênio dissolvido, pH, temperatura, turbidez, sólidos totais, sólidos dissolvidos totais, sólidos em suspensão totais, bem como os metais: alumínio dissolvido, ferro dissolvido e manganês total. Também foram analisados os seguintes contaminantes: arsênio total, cádmio total, chumbo total, cobre dissolvido, cromo total, mercúrio total, níquel total, zinco total e selênio total.

 

A Copasa avalia temperatura, oxigênio dissolvido, turbidez e pH e a série de metais e a CPRM fica a cargo de inspecionar a temperatura, condutividade elétrica, pH, oxigênio dissolvido e turbidez.

 

Wilma Gomes

Ascom/Sisema

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