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Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Feam atualiza inventário de emissões atmosféricas de BH, Contagem e Betim

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Foto: Divulgação Feam
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O trabalho contemplou os poluentes Monóxido de Carbono (CO), Óxidos de Nitrogênio (NOx), Óxidos de Enxofre (SOx), dentre outros 

 

 

Os municípios de Belo Horizonte, Betim e Contagem já contam com um novo diagnóstico ambiental amplo e detalhado das principais tipologias e fontes emissoras de poluentes atmosféricos em seus territórios. Neste mês de abril, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), por meio da Gerência de Monitoramento da Qualidade do Ar e Emissões, divulgou a atualização do Inventário de Emissões Atmosféricas, estudo feito em conjunto com a Refinaria Gabriel Passos. O diagnóstico faz parte de uma das condicionantes do processo de licenciamento da empresa.

 

O trabalho usa como base os dados do ano de 2015 e contempla os poluentes Monóxido de Carbono (CO), Óxidos de Nitrogênio (NOx), Óxidos de Enxofre (SOx), Material Particulado Total (MP) e suas frações (MP10 e MP2,5) e os Compostos Orgânicos Voláteis (COV).
 
Estima-se que Belo Horizonte, Contagem e Betim possuam milhares de fontes emissoras de poluentes atmosféricos existentes em seus territórios. Portanto, a realização de um inventário de fontes emissoras nesses municípios representa um grande desafio de engenharia para a identificação, coleta, caracterização e organização de centenas de milhares de dados e informações referentes a cada fonte de emissão existente.

 

“O estudo serve para, além de acompanhar a tendência e evolução das emissões, mensurar e quantificar as emissões de forma detalhada, por tipo de empreendimento ou atividade específica, seja com relação à questão da emissão veicular, seja de pequenos empreendimentos a nível municipal ou mesmo empreendimentos industriais ou com grande potencial poluidor definido no licenciamento ambiental”, explicou o gerente de Qualidade do Ar e Emissões da Feam, Flávio Daniel Ferreira.
 
Por meio do estudo foram levantadas informações relacionadas às emissões de poluentes atmosféricos provenientes da decomposição da matéria orgânica dispostas em aterros sanitários; das Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs); da queima de combustível em motores de aeronaves; da vegetação, que tem como poluente típico os compostos orgânicos voláteis (COV).

 

Além destas, também foram identificadas as emissões de óxidos de nitrogênio na atmosfera provenientes do desencadeamento de reações químicas que ocorrem em altas temperaturas e voltagens quando da ocorrência de descargas elétricas (raios); bem como as provenientes das queimadas (incêndios florestais); da malha ferroviária administrada pela MRS Logística S.A; e das residenciais decorrentes de queima de gás liquefeito de petróleo (GLP) e de gás natural (GN).
 
O estudo também contemplou as emissões de poluentes atmosféricos do grupo dos “Estabelecimentos Comerciais”, como padarias, restaurantes, pizzarias e churrascarias. No município de Betim, foram contemplados 324 estabelecimentos, sendo 99 destes, padarias, e os 225 restantes, restaurantes, pizzarias, churrascarias, dentre outros. Em Contagem foram 997 estabelecimentos, sendo 237 padarias e 760 restaurantes. Em Belo Horizonte foram contemplados 4.610 estabelecimentos, sendo 767 padarias e 3.843 restaurantes. Também foram verificadas as emissões de cinco empresas envasadoras de gás liquefeito de petróleo, instaladas no município de Betim.
 
Com relação às emissões de fontes industrias o estudo levou em consideração as empresas que desenvolvem atividades de infraestrutura, minerárias, indústria alimentícia, indústria química, metalúrgicas, dentre outras. Também foram quantificadas as emissões de poluentes atmosféricos decorrentes do fluxo veicular nas vias principais e secundárias dos municípios de Belo Horizonte, Contagem e Betim.
 
RESULTADOS

 

Os dados obtidos do inventário foram utilizados para alimentar o Estudo de Dispersão Atmosférica (EDA), que avaliou os acréscimos nas concentrações de poluentes do ar sobre a atmosfera dos municípios de Belo Horizonte, Contagem e Betim para o período de 2013 a 2015.
De acordo com Flávio Ferreira, pôde-se verificar a partir desse estudo que a maior parte da região analisada possui boa qualidade do ar. Durante o trabalho, no entanto, chamou a atenção a elevada influência das queimadas, em 2015, quando foram registradas as maiores concentrações de poluentes na região dos municípios analisados.


Embora as queimadas não representem a tipologia de fonte emissora que mais contribui no inventário de emissões, o estudo apontou que a quantidade expressiva de massa de poluente emitida para a atmosfera, durante um pequeno intervalo de tempo no ano, acarreta em uma forte influência para ultrapassagem dos padrões de qualidade do ar.


“É importante frisar que as queimadas são esporádicas e que foi notada também a contribuição das demais fontes emissoras da região estudada, embora a região possua boa qualidade do ar”, concluiu.


O gerente ressaltou também que, por meio do estudo, é possível ao órgão ambiental dar maior suporte à gestão local, além de possibilitar o desenvolvimento de ações onde for identificada maior contribuição na degradação da qualidade do ar. A medida pode nortear, inclusive, ações de menor esforço e maior resultado.

 

Para acessar o estudo compleo Clique Aqui


Milene Duque
Ascom/Sisema

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