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Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM

Feam participa do VI Seminário Ambiental na Faemg

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Foto: Ângela Almeida

Mudanças Climáticas Faemg2 dentro

Os desafios do agro mineiro em realção às mudanças climáticas foram abordados por Morjana dos Anjos durante evento na Faemg

 

Ações para mitigação e adaptação às mudanças climáticas e preservação do meio ambiente foram debatidas na última terça-feira, 11 de junho, durante o VI Seminário Ambiental organizado pela Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Faemg). O evento, realizado na sede da Faemg teve participação do Governo de Minas, por meio da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam).

 

Palestrante no evento, a analista ambiental da Gerência de Energia e Mudanças Climáticas da Fundação, Morjana Moreira dos Anjos, explicou sobre os principais desafios do agro mineiro em relação às mudanças climáticas e destacou a estratégia de transição energética como uma ação para combate às mudanças climáticas e promoção da energia renovável, principalmente a bioenergia.

 

De acordo com ela, o agro mineiro tem um importante papel como produtor de biomassa para uso energético. “O potencial de biomassa no Estado pode ser explorado de diversas formas, como no aproveitamento de resíduos da produção de café, cana de açúcar, bagaço de cana, milho, madeira e outros. O aumento da participação da biomassa na matriz energética reduz os efeitos dos gases de efeito estufa, promovendo sistemas de energia mais sustentáveis”, disse.

 

Morjana também frisou que, para cumprir as metas da NDC brasileira é necessário reunir esforços entre todos os atores envolvidos como sociedade civil, iniciativa privada, governos subnacionais e municipais, academia, entre outros.  A NDC é a Contribuição Nacionalmente Determinada, na tradução em português da sigla que trata das medidas de redução de emissões de carbono a partir de 2020, no Brasil. Essas ações têm o objetivo de contribuir para o cumprimento do Acordo de Paris.

 

Para ela, é necessário atuar no combate às mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, encontrar um equilíbrio para assegurar o desenvolvimento econômico e social e o suprimento energético. “É preciso discutir a implementação de uma política de transição energética em Minas com vistas ao cumprimento de acordos climáticos internacionais, bem como a um fornecimento seguro, diverso e accessível de energia à sociedade mineira”, frisou.

 

Nesse sentido, o Estado de Minas Gerais vem apoiando a implementação, por meio do licenciamento ambiental, de empreendimentos de geração de energia fotovoltaica. A energia solar é uma das alternativas para reduzir os danos ambientais causados pela geração de eletricidade por fontes poluidoras e Minas Gerais vem exercendo papel de destaque no cenário nacional para alterar esse contexto.

 

Sobre mudanças climáticas, a analista disse que o caminho para a resiliência climática é a combinação de ações de redução e neutralização de emissões de CO2 e adaptação para alcançar o desenvolvimento sustentável. Ela detalhou sobre o Programa Estadual de Redução das Perdas Agrícolas e sobre o Programa Estadual de Recuperação de Áreas Degradadas, e a importância do melhoramento genético para diminuição da emissão de metano dos ruminantes. Tratou, ainda, da produção orgânica, da promoção de agricultura irrigada no Estado sem desperdício de recursos hídricos, além do pagamento por serviços ambientais a proprietários e posseiros e o apoio e incentivo à produção e uso sustentável de florestas plantadas.

 

Após o acordo de Paris, realizado em 2015, a meta do Brasil passou a ser compromisso de todos os Estados e do Distrito Federal, com metas de redução das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em 37% até 2025 e 43% até 2030, tendo como base o ano 2005.

A contribuição para 2030, no setor florestal e mudança do uso da terra é fortalecer o cumprimento do Código Florestal, além de alcançar na Amazônia brasileira, o desmatamento ilegal zero até 2030. A meta também inclui reflorestar e restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030, além de ampliar a escala de sistema de manejo de florestas nativas, com o intuito de desestimular práticas ilegais e insustentáveis.

 

Já no setor de energia, a contribuição é de 45% das energias renováveis na composição da matriz energética em 2030.  Além disso, expandir os usos de fontes renováveis e aumentar a produção de energia solar, eólica e biomassa. O setor também precisa alcançar 10% de ganhos de eficiência de energia elétrica até 2030.

 

No setor industrial a meta é promover novos padrões de tecnologias limpas bem como ampliar medidas de eficiência energética e de infraestrutura de baixo carbono. Outra contribuição é no setor de transportes, com melhorias na infraestrutura e nos transportes públicos em área urbana.

 

A política das mudanças climáticas tem o intuito de gerar crescimento econômico, de adaptação ao clima local, melhorias na infraestrutura, bem-estar social e ambiental, entre outras. Segundo o Acordo de Paris, os países desenvolvidos deverão investir 100 bilhões de dólares por ano visando ao combate das mudanças de clima e adaptação nos países em desenvolvimento.

 

Participaram do Seminário na Faemg, além de representantes do órgão, profissionais da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre outros.

 

Histórico

 

2005 - Fórum Mineiro de Mudanças climáticas
2008 - Primeiro Inventário Estadual de Gases de Efeito Estufa
2009 - Programa de Registro Público de Emissões de Gases de Efeito Estufa
2009 - Cooperação Internacional (França)
2010 - Edital de demanda induzida Feam e Fapemig para estudos e pesquisas
2013 - Pegada de Carbono da Copa do Mundo
2015 - Plano de Energia e Mudanças Climáticas de Minas Gerais
2018/ 2019 – Projeto “Clima na Prática” e Estratégia de Transição Energética

 

Ângela Almeida
Ascom/Sisema

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