A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), por meio da Gerência de Energia e Mudanças Climáticas, disponibilizou, neste mês, na sua página na internet http://feam.br/mudancas-climaticas/publicacoes, o Guia de Orientações sobre o Aproveitamento Energético de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). A publicação, voltada para as prefeituras do Estado, foi desenvolvida com o intuito de prover as equipes técnicas de governos locais com uma visão geral das oportunidades e riscos associados ao aproveitamento energético de RSU, apresentando o estagio atual das principais tecnologias de tratamento térmico e biológico, com recuperação de energia, considerando suas exigências técnicas, vantagens e desvantagens.
O trabalho decorre da constatação do grande número de propostas de projetos voltados para o aproveitamento energético de RSU em diversas localidades do estado de Minas Gerais e, consequentemente, da necessidade de compilação das informações técnicas relativas ao tema em uma única publicação. Dessa forma, as questões técnicas podem ser mais facilmente avaliadas por tomadores de decisão, em nível local e regional, como as prefeituras e os potenciais consórcios. O guia oferece, ainda, mais esclarecimento ao público leigo no assunto.
Segundo a diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Feam, Janaina Maria França dos Anjos, o guia dá boas indicações sobre as tecnologias com potencial para processar cada tipo de resíduo em energia. “A principal vantagem de se usar essas tecnologias é diminuir a quantidade de resíduos sólidos urbanos que precisam ser dispostos em aterros sanitários. Além disso, possibilita receitas adicionais que podem viabilizar economicamente essa forma de tratamento de RSU”.
O aproveitamento energético de resíduos, desde que se utilizem rotas tecnológicas apropriadas e devidamente analisadas quanto aos riscos de implementação, é, também, uma oportunidade de negócios. “Entretanto, sua viabilidade econômica depende, além do balanço entre receitas e despesas, de um adequado modelo de negócios com as prefeituras municipais para garantia na obtenção desses resíduos”, destaca a diretora.
O guia apresenta, entre outras coisas, informações referentes aos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, que devem anteceder a decisão de implantação de qualquer uma dessas tecnologias. Aborda, ainda, a viabilidade de formação de consórcios intermunicipais para a melhor gestão dos resíduos e reúne as exigências ambientais do estado de Minas Gerais no licenciamento dessas atividades.
