A Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) promoveu ontem e hoje (8 e 9 de outubro) o curso de Energia Solar Fotovoltaica na Cidade Administrativa de Minas Gerias (Camg). O curso, realizado em parceria com a Fapemig, aprofundou os conhecimentos técnicos relacionados a esta fonte de energia e teve como público alvo técnicos do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) envolvidos na pesquisa, gestão e licenciamento ambiental da atividade de geração de energia solar fotovoltaica. O treinamento destacou também o papel da geração distribuída, que utiliza pequenas fontes de geração de energia próximas do consumidor final, como os painéis fotovoltaicos.
“A energia elétrica fotovoltaica representa atualmente uma das principais fontes alternativas de geração de energia e diminuição das emissões de gases de efeito estufa na matriz energética mundial. A crescente expansão da demanda por equipamentos fotovoltaicos e a queda dos preços nos últimos anos demonstra a importância do tema”, explica o gerente de Energia e Mudanças Climáticas, Felipe Nunes.
Placas de energia fotovoltaicas de demonstração foram montadas no jardim da Cidadade Administrativa de Minas Gerais (Camg) e utilizadas durante as aulas
Segundo o coordenador do treinamento, o analista ambiental da Feam, Wilson Pereira Barbosa Filho, a energia solar fotovoltaica é uma das principais alternativas energéticas do novo cenário de geração distribuída que está sendo construído. “A promoção e inserção dessa energia na matriz energética do Estado tem grande potencial socioeconômico e ambiental. Para tanto, é necessário compreender todos os aspectos referentes a essa tecnologia”, avalia.
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Atualmente, Minas Gerais conta com três usinas em implantação, sendo uma no município de Sete Lagoas, com capacidade de geração 3MW. O novo Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão) com capacidade de 1,6 MW, o que corresponde ao consumo de 2.200 residências, e o Estádio Jornalista Felipe Drummond (Mineirinho) também terão toda a sua iluminação gerada por meio de energia solar fotovoltaica.
As arenas esportivas mineiras já se enquadram na Resolução Normativa 482 aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 17 de abril de 2012, que tem por objetivo estimular a geração distribuída de energia elétrica para consumo próprio, bem como criar e regular um sistema de compensação entre energia gerada e consumida pelo consumidor/gerador diretamente conectado ao sistema de distribuição. Agora, consumidores poderão injetar energia na rede de distribuição, reduzindo tal montante do valor que é mensalmente faturado pela distribuidora.
A geração distribuída apresenta diversos benefícios ao sistema elétrico, dentre eles a redução dos investimentos necessários para ampliação nas redes de transmissão e distribuição, dos impactos ambientais ocasionados pelas redes de transmissão e distribuição, além de maior eficiência energética ao sistema elétrico, haja vista a diminuição das perdas na movimentação da energia até o seu destinatário final.
Conteúdo do curso
· Contextualização da situação atual da energia solar fotovoltaica no Brasil e no mundo.
· O papel da energia solar fotovoltaica na Geração Distribuída.
· Conceitos fundamentais da energia solar fotovoltaica.
· Processo de fabricação e funcionamento das células/módulos/painéis fotovoltaicos e aspectos ambientais associados.
· Aplicações em sistemas isolados e conectados à rede elétrica.
· Equipamentos utilizados e suas características.
· Principais fabricantes de células/módulos/painéis fotovoltaicos e a situação de Minas Gerais.
· Principais dados para o dimensionamento de sistemas fotovoltaicos (12, 24 e 48 Volts) interligados à rede elétrica.
· Inversores/Subestação de sistemas fotovoltaicos e normatizações para conexão à rede elétrica.
· Procedimentos para medição de potência de pico das células/módulos/painéis e potência nominal do inversor.
· Dispositivos para registro de dados operacionais.
· Instalação e manutenções preventivas e corretivas.
· Monitoramentos necessários.
· Estudo de casos de sistemas em operação no mundo e os impactos ambientais decorrentes.
· Procedimentos para desativação de sistemas fotovoltaicos.
· Destinações de equipamentos usados, como módulos/painéis e acumuladores de energia.
· Custo de implantação, operação e manutenção.
